Luiz Fernando Corrêa | Mário Sérgio de Brito Duarte | Henrique Borri
Talvez o maior mérito dos autores de Mais Forte tenha sido o de transmitir ao leitor, com riqueza de detalhes e agilidade jornalística, um universo que, diante da grandiosidade de uma Olimpíada, fica, à primeira vista, praticamente invisível. Porém, sem a retaguarda de uma segurança especializada, que envolve incontáveis elementos, jamais os atletas poderiam encantar a plateia com recordes e feitos extraordinários. E muito menos o público poderia desfrutar do espetáculo com tranquilidade. O desafio, no caso do evento no Rio de Janeiro, foi redobrado em função do momento político e econômico desfavorável; isso para dizer o mínimo. Mas, em meio a um clima de instabilidade e desconfianças, o que se viu foi uma postura otimista dos responsáveis pela segurança, que encararam todos os desafios como se estivessem diante de uma verdadeira disputa olímpica. Nesse caso, o adversário era uma complexidade que se multiplicava na medida em diminuíam os recursos econômicos disponíveis. Nesse momento, entrou em campo, ou em quadra, a agilidade e a competência de uma equipe de profissionais competentes, dedicados e muito bem treinados. Capaz, mais do que qualquer coisa, de responder com rapidez aos problemas que uma crise impõe. O resultado final e todas as peripécias desse trabalho, o leitor poderá conferir nessa obra, de fato, original.
Luiz Fernando Corrêa é delegado da Polícia Federal aposentado, graduado em Direito pela Fundação Universidade do Rio Grande e especialista em Gestão de Segurança Pública pela Fundação Getúlio Vargas. Notabilizou-se pelo exercício das funções de diretor geral da Polícia Federal, secretário nacional de Segurança Pública e presidente da Comunidade de Polícias das Américas. No projeto olímpico foi diretor de segurança do Comitê Rio 2016.
Mário Sérgio de Brito Duarte é Coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, da qual foi Comandante-geral, além de também ter comandado o BOPE. Foi diretor-presidente do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Gerenciou as operações de segurança das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. É autor dos livros Liberdade para o Alemão – O resgate de Canudos e Incursionando no Inferno – A verdade da Tropa.
1987 - A história definitiva, de Pablo Duarte Cardoso, relata e analisa, como nunca antes se fez, o mais controverso Campeonato Brasileiro de todos os tempos. Vai buscar no Estado Novo e no regime militar de 1964-1984, os vícios contra os quais os grandes clubes de futebol se rebelaram em 1987. Conta como, capitaneados pelo Flamengo, São Paulo, Grêmio e Vasco da Gama, os treze maiores clubes do país organizaram por conta própria o campeonato nacional, contra as resistências da CBF, federações estaduais e clubes menores, e como viabilizaram no mercado o primeiro evento esportivo inteiramente custeado por patrocinadores privados no Brasil: a Copa União. Uma aula de marketing esportivo. Explica como e por que o Flamengo e o Sport Recife vieram a bater-se nos tribunais pela posse do título de campeão brasileiro daquele ano e mostra que as ideias por que brigavam os grandes clubes brasileiros, em 1987, permanecem atuais e necessárias. No mais, relata com minúcia e paixão a disputa da Copa União, culminando com a consagração do Flamengo de Zico, Bebeto e Renato Gaúcho, e conta com inédita riqueza de detalhes a disputa do Módulo Amarelo afinal dividido por Sport e Guarani. No trigésimo aniversário da Copa União, era preciso que alguém, finalmente, se dispusesse a contar essa história com a necessária perspectiva legal e esportiva.